Os mosquitos estão presentes na Terra há mais de 150 milhões de anos e dividem-se em mais de três mil espécies. Na maioria das espécies, o mosquito macho alimenta-se da seiva e do néctar de plantas, enquanto a fêmea alimenta-se de sangue para poder maturar seus ovários e, desta maneira, colocar seus ovos. Geralmente, o mosquito fêmea tem o corpo maior que o do macho. No Brasil, existem basicamente quatro espécies domésticas de mosquitos: o Culex quinquefasciatus, o Culex pipiens, o Aedes aegypti e o Anopheles darlingi.
Culex quinquefasciatus e Culex pipiens: são os pernilongos comuns que estão presentes em grande número nas áreas urbanas. É extremamente difícil diferenciar os dois mosquitos, uma vez que ambos têm os mesmos hábitos alimentares e comportamentais, além da semelhança corporal. São normalmente vistos durante a noite, devido a seus hábitos alimentares noturnos, escondendo-se durante o dia. As fêmeas dessas espécies colocam de 100 a 400 ovos por vez, posicionando-os na superfície de água parada, suja e poluída, em ambientes domiciliares e peridomiciliares. As duas espécies são as grandes responsáveis pela transmissão da Filariose no mundo, mais conhecida como elefantíase.
Aedes aegypti: diferentemente dos mosquitos do gênero Culex, o Aedes aegypti tem hábitos alimentares preferencialmente diurnos, se escondendo e descansando durante a noite. É o mosquito transmissor de quatro relevantes doenças para a saúde pública: Dengue, Zika, Chikungunya e a Febre Amarela. Essa espécie pode colocar os ovos individualmente ou em maiores quantidades, posicionando-os em áreas úmidas e prestes a serem inundadas por água limpa. Geralmente colocam suas larvas em ambientes domésticos, como vasos de plantas, caixas de água, pneus e demais depósitos de água parada.
Anopheles darlingi: a fêmea é que pica o homem e se alimenta de sangue. Os machos alimentam-se dos sucos ricos em glicose de plantas. O Anopheles prefere elevados níveis de temperatura e umidade. Não sobrevive em grande número, se as temperaturas médias diárias caírem abaixo dos 15°C, e não gosta de altitudes acima dos 1500 metros. As fêmeas causam bastante incômodo aos humanos, devido às picadas que provocam coceira e podem gerar reações alérgicas. Ele é também o principal vetor da Malária no Brasil.
Ciclo de Vida: O ciclo de vida dos mosquitos varia de acordo com a espécie e as condições ambientais e é dividido nas seguintes etapas:
Ovo: os mosquitos em geral depositam seus ovos na superfície da água, onde a larva demora de um a dois dias para eclodir. O Aedes aegypti foge à regra, procurando sempre depositar seus ovos em regiões que ainda não estão inundadas de água, mas que no futuro estarão; portanto, nesse caso, as Larvas podem esperar meses, ou até anos, para eclodirem.
Larva e Pupa: ao eclodirem, as Larvas são praticamente invisíveis a olho nu, mas vão crescendo ao longo do tempo, podendo ganhar de 1 a 2cm de comprimento. Após alguns dias, a Larva transforma-se em Pupa, um subestágio entre as fases Larva e Adulto que pode durar de um a quatro dias.
Adulto: nessa fase, o mosquito adulto deixa o casulo pupal e rasteja até uma área protegida para descansar e secar suas asas. Após o descanso, o mosquito está pronto e apto para voar e acasalar.
- O mosquito enxerga durante a noite devido à reflexão de ondas ultravioletas sobre os objetos, algo que os humanos não têm capacidade para enxergar.
- As asas dos mosquitos batem de 300 a 600 vezes por segundo, gerando o zumbido que tanto atrapalha as pessoas.
- Os mosquitos são atraídos por sinais químicos e físicos, como a respiração e o calor do corpo. Por isso que algumas pessoas atraem mais os mosquitos que outras.
- Para cada Aedes aegypti encontrado em território brasileiro, existem aproximadamente 10 mil Culex.
- Aproximadamente 100 países em todo o mundo apresentam pelo menos um caso de Malária.
- Nenhum mosquito tem capacidade de transmitir o vírus do HIV, mesmo que pique uma pessoa infectada pelo HIV.
Transmissão de Doenças:
Dengue, Zika e Chikungunya
Prevenção e cuidados:
- Guardar os pneus ao abrigo de chuva, preferencialmente em lugares fechados, não permitindo acumular e estagnar água.
- Sempre utilizar coberturas para as piscinas, de forma que o mosquito não consiga depositar seus ovos na água. Se possível, tratar a água seguidamente.
- Se a piscina estiver vazia, não deixar acumular poças no fundo.
- Acrescentar areia nos pratos de vasos de plantas.
- Sempre deixar a caixa d’água fechada.
- Não obstruir correntes de água, como calhas, ralos, etc.
- Guardar as garrafas e baldes de cabeça para baixo em lugares fechados.
- Manter os vasos sanitários sempre tampados.