Com mais de 10.000 espécies catalogadas e, muitas vezes, confundidas com cupins, as formigas são insetos que possuem níveis distintos hierárquicos dentro de uma colônia (eussocialidade). Estão divididas por castas, de acordo com suas funções. As castas são compostas por trabalhadores (fêmeas estéreis), machos férteis e as rainhas (fêmeas férteis).
Nas colônias, os indivíduos possuem morfologias adaptadas a suas funções. As larvas se desenvolvem de acordo com a alimentação que recebem, se transformando em reprodutores ou operários. Os indivíduos responsáveis pela reprodução são as fêmeas e machos alados. As fêmeas estéreis e sem asas são operárias, responsáveis por todas as outras funções, como limpeza do ninho, alimentação, proteção e ataque.
De maneira geral, os ninhos das formigas consistem de um sistema de passagens ou cavidades que se comunicam entre si e com o exterior. De acordo com a espécie, os ninhos podem ser construídos sob azulejos, batentes de portas, pisos, em cavidades de troncos de árvores e/ou diretamente no solo.
Elas estão presentes em quase todo o planeta, não sendo encontradas apenas nas regiões polares.
Saúvas (/Atta spp) e quenquéns (Acromyrmex spp) são conhecidas como formigas cortadeiras, por cortar vários tipos de plantas que utilizam para cultivar o fungo do qual se alimentam. Elas podem provocar grandes perdas econômicas em várias culturas, como canaviais, áreas de pastagens, áreas de reflorestamento, entre outras. Algumas espécies de Atta, por exemplo, são capazes de desfolhar uma laranjeira inteira em menos de 24 horas.
Consomem preferencialmente alimentos ricos em gordura ou substâncias doces e, por esta razão, também são conhecidas como formigas doceiras. Estas formigas têm o hábito de se movimentar em fileiras bem determinadas e podem construir seus ninhos em cavidades nos ambientes domésticos, como dentro de paredes ou embaixo de pavimentos. É um risco em potencial para a saúde pública, pois são vetores mecânicos de bactérias e podem provocar infecções quando infestam hospitais. Devido ao rápido crescimento da colônia, esta é uma das espécies mais difíceis de controlar.